Comunhão com Deus |
Escrito por Participação Especial | |
“A minha comida consiste em fazer a vontade daquele que me enviou e realizar a sua obra” Jo 4.34 I. INTRODUÇÃO Este é um assunto ao qual não se pode dedicar simplesmente um ensino acadêmico. Não se aprende a orar ouvindo pregações aprende-se orar, orando. E o zelo e constância na oração não vão nascer a partir de princípios aprendidos, mas do amor que dedicamos a Deus e da intensidade com que queremos cumprir a sua vontade e realizar a sua obra. Isto é o motor e o combustível. Os princípios vêem como um leme para direcionar este ímpeto. II. UM CHAMADO À DEVOÇÃO Ter comunhão com Deus é diferente de ter a vida de Deus. A vida de Cristo em nós é um fato (2Co 5.17; Cl 1.27; 3.4). Independe de qualquer esforço nosso e é produzida pelo Espirito Santo (Rm 8.9-11; Jo 1:13;3:6). A comunhão, por sua vez, é conquistada com diligência e esforço (1Co 9.23-27) “Com toda oração e súplica, orando em todo tempo no Espírito , e para isto vigiando com toda perseverança” (Ef 6.18). A Vida É Fruto Do Nascimento - A Comunhão, Do Relacionamento. Nenhum filho de Deus é mais filho ou menos filho que outro. Mas, certamente irá conhecê-lo melhor e agradá-lo mais e melhor fará a sua vontade aquele que mais se aproximar d’Ele. O marido é uma só carne com sua esposa - isso é um fato. Mas, se for privado da presença da mulher, pouco proveito ele terá desta verdade; só fica a saudade e o vazio. Somos um só Espírito com o Senhor (1Co 6.17), mas quanto deixamos de usufruir desta verdade só por falta de relacionamento! O Senhor Jesus ama e preza a companhia de sua santa noiva. “Ele cobiça a sua formosura” (Sl 45.1,2,10,11). As Escrituras dizem que a oração do justo é o contentamento do Senhor (Pv 15.8). Ele ama a nossa presença e a deseja. Ousaremos amar e desejar menos a sua? III. UMA QUEIXA DE DEUS: ML 1.6, 8, 10, 13 X RM 12.1, 2 Deus sentia-se desonrado quando lhe ofereciam o “resto” ao invés das primícias. Ele nos deu o que tinha de melhor: deu-se a Si mesmo em Cristo (2Co 5.19,21). Hoje não temos mais sacrifícios a oferecer, a não ser o nosso próprio corpo em “sacrifício vivo, santo e agradável a Deus”. Ofereçamos a Ele o melhor do nosso tempo e o melhor do nosso descanso. Nossas primícias(Ml 1.13). IV. DESENVOLVENDO A COMUNHÃO (A) QUAL A BASE PARA A COMUNHÃO E ORAÇÃO?1. sangue do Cordeiro (Hb 10.l9-23; 1Jo 2.1,2; Ef 1.7; 2.13) (B) QUAL O MOTIVO DA ORAÇÃO? 1JO 5.14O cumprimento de Sua vontade. Deus revela a sua vontade ao homem. O homem ora a Deus. Deus responde a oração do homem e cumpre a Sua vontade. Isto fica muito claro no episódio do bezerro de ouro no êxodo de Israel (Ex 32.1-28). Deus viu toda a abominação praticada pelos filhos de Israel, e sua justiça exigia que fossem exterminados (Ez 18.4; Ex 32.38). Deus, contudo, queria preservá-los mas precisava de um intercessor (Ez 22.30). Então Ele levanta Moisés (Ex 32.7-10) enquanto este ainda não havia presenciado o quadro terrível e podia então interceder (Ex 32.11-14). Deus sabia que Moisés não conseguiria interceder após ver a transgressão do povo (Ex 32.19,25-28).. Deus não pode fazer muito sem intercessão. A intercessão é o eco do querer de Deus (Is 59.16; 62.6-7; 64.7). O que intercede deve estar plenamente identificado com Deus. Ele deve estar pronto para ser a resposta da oração e, disposto ao sacrifício (Ex 32.32; Rm 9.1-3; 1Jo 3.16). Os interesses do Senhor estão acima de nossas necessidades ou caprichos. Samuel, mesmo rejeitado pelo povo, não ficou com melindres. Buscou agradar a Deus e considerou como pecado deixar de orar pelo povo (1Sm 8.6-7;12.22-23). Jesus orou até ao sangue para que se cumprisse a vontade do Pai e não a sua (Lc 22.41-44) (C) QUAL DEVE SER A FREQÜÊNCIA DA ORAÇÃO? 1TS 5.2-7A oração deve ser contínua. Além de um prazer é um dever (Lc 18.1). Paulo achava tempo para orar por muitas pessoas e igrejas em todas as suas orações (Rm 1.9-10; Fp 1.3-4; 1Ts 3.10; 2Tm 1.3). “Orai sem cessar”. Esta era a prática de Paulo. Veja ainda: Ef 1.16; Cl 1.9; 1Ts 1.2-3; Fm 4. “Com toda oração e súplica, orando em todo o tempo no Espírito e para isto vigiando com toda perseverança” (Ef 6.18). (D) PELO O QUÊ ORAR: a) Pelo progresso do Reino de Deus: Mt 6.10: Em todo lugar. Há lugares mais próprios e lugares menos próprios, mas não há nenhum lugar que impossibilite a oração (1Ts 5.17; Ef 5.19-20). (G) AS CILADAS DO DIABO: 2CO 2.11Todos dizem que o diabo tenta impedir uma vida constante de oração, e é verdade. Como ele age? Produzindo desânimo, roubando o senso de necessidade e urgência, invertendo as prioridades, criando muitas atividades, etc. Além disso cria impecílios externos como doenças, acidentes, problemas, aborrecimentos, etc… (1Ts 2.18). Temos que removê-lo do nosso caminho perseverando em oração (Dn 10.12-14). (H) JESUS O NOSSO EXEMPLODevemos buscar ser parecidos com Jesus também na oração (1Jo 2.6). Jesus não ensinou muito sobre a oração, ensinou a orar com o seu exemplo. Os discípulos foram tremendamente impactados com a vida de oração de Jesus. E, de tal modo isto os marcou, que quando no futuro, as atividades administrativas da igreja aumentaram, os apóstolos estabeleceram diáconos para que eles estivessem livres para o trabalho principal: dedicar-se a oração (At .6.4). Não aprenderam isto só com o “Pai Nosso”, mas sim com o que viram “…em verdade vos digo que o Filho nada pode fazer de si mesmo, se não somente aquilo que vir fazer o Pai…” (Jo 5.19). Temos filhos a nos observar. Exemplos de oração na vida de Jesus: V. QUAL O FRUTO DA ORAÇÃO? (a) Temor a Deus: Is 11.1-2; Na verdade, “pouco é necessário, ou mesmo uma só coisa”: estar aos pés do Senhor (Lc 10.38-42). |
Nenhum comentário:
Postar um comentário